A menos que você seja um escritor famoso ou esteja publicando um livro polêmico de denúncias ou tenha grana para gastar, nenhuma editora vai se aventurar a publicar seu livro e fazer o lançamento da obra de graça.
No meu caso, não me encaixava em nenhuma das três situações. Portanto, quando comecei a procurar pelas editoras eu já imaginava que todo aquele esforço não me levaria a lugar algum. Mas eu tinha que tentar.
Inscrevi-me no site de duas editoras, pra começar. Enviei um resumo da obra e me pediram mais. Enviei os três primeiros capítulos e uma delas me respondeu dizendo que tinha interesse. Fiquei emocionadíssima! Até chegar o próximo email. Eles publicariam 1.500 exemplares, mas eu teria que comprar 500 deles, no valor de R$ 15.500,00 ao todo. Nada feito.
A segunda editora, depois de também analisar os três primeiros capítulos, me pediu a obra completa para análise. Oito meses depois, comunicaram-me que, embora a obra fosse muito boa e bem elaborada, eles não tinham mais espaço para novas publicações naquele ano.
Cansei. Passei alguns meses pensando no livro, na estória, nos personagens, na trama, na vida que havia em cada página. Eu tinha que colocar tudo aquilo para fora, dar liberdade a eles, deixar que mais pessoas conhecessem As Vidas de Sophie.
Os poucos amigos que haviam lido o livro concordaram comigo. Sophie não podia ficar anônima. Foi quando decidi fazer o lançamento gratuito.
Página do Facebook criada, mais e mais amigos aderiam à campanha e, algumas semanas após o lançamento, mais de mil downloads já tinha sido feitos. Sophie vivia além da minha imaginação e isso, no fundo, era tudo o que eu queria.
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